27 de julho de 2005

QUE JOGO !!!

Prisioneiro...
da verdade
solta a mentira que há por aí
Solta o que te ocupa a culpa,
e te maltrata a alma
faz a tua a confissão.
A quem ? A Deus ?
Ao senhor dos dados?
joga
joga com ele
e ganha a tua liberdade...
Se perderes, não te culpes
foi o destino que te prendeu
em culpa alheia
à tua eterna vontade.

...

19 de julho de 2005

AQUILO QUE EU TEMIA !!!

Temo que a minha vida seja demasiado curta para te amar.
Que o tempo seja muito pouco para te sentir eternamente, especial e única.

Temo que o nosso livro se feche e se perca no sótão do passado, e que a nossa história se torne para sempre, um segredo proibido, fechado a sete chaves na prisão da inocência e no lugar da mentira.

Temo, deixar de ouvir a tua música, a tua voz, deixar de sentir o teu corpo e o teu perfume, e sobretudo a tua presença.

Temo muito a tua ausência e a tua indiferença.

Tudo temo, quando sei que já não somos cúmplices da vida que ambos levamos, e que não escrevemos.

Temo os outros, aqueles que nos separam e nos juntam outra vez.

Temos aqueles que tudo fazem, para que deixemos de existir um no outro como um só.

E como eu temo em existir sem ti, pois nada nem ninguém tem aquela importância que tu tens para mim, e que eu tanto temo em perder para sempre.

Não mais confessarei o temor de uma paixão invisível, e de um sonho a dois, tão só quanto o Mundo que habitamos.


...andava perdido por ai...ou por ali....

(Datado de: Algures em Dezembro de 2004)

4 de julho de 2005

... (SEM TITULO)

As páginas estão brancas, a tinta não corre, nem o sangue nas veias. O coração bate apenas por bater, e porque é empurrado apenas pela sobrevivência da espécie. A mente não funciona. O ar que me bate na face, não é o ar que os outros sentem, é apenas o ar que eu sinto.
Vivo a ilusão de um olhar, num movimento perpétuo entre o passado que me persegue e o futuro que não vejo. Os fantasmas bailam incessantemente, não estão cansados? Não, nada os para, nada os cansa, primeiro eu, depois eles… O seu trabalho é esse, assombrar o meu caminho, apertar o gatilho, por fim á minha serenidade existencial. Não recuo, não avanço, sinto as tonturas da viagem a elevada velocidade no espaço que nos envolve. Nada contra matéria, tudo em expansão, mas não passo sem permitir que o meu corpo se sinta em pura dissolução, fiel á ciência e á natureza que o criou…e que mais tarde o vai exigir de volta..ao seu o que é seu !!!!

Estou assustado !!!