Temo que a minha vida seja demasiado curta para te amar.
Que o tempo seja muito pouco para te sentir eternamente, especial e única.
Temo que o nosso livro se feche e se perca no sótão do passado, e que a nossa história se torne para sempre, um segredo proibido, fechado a sete chaves na prisão da inocência e no lugar da mentira.
Temo, deixar de ouvir a tua música, a tua voz, deixar de sentir o teu corpo e o teu perfume, e sobretudo a tua presença.
Temo muito a tua ausência e a tua indiferença.
Tudo temo, quando sei que já não somos cúmplices da vida que ambos levamos, e que não escrevemos.
Temo os outros, aqueles que nos separam e nos juntam outra vez.
Temos aqueles que tudo fazem, para que deixemos de existir um no outro como um só.
E como eu temo em existir sem ti, pois nada nem ninguém tem aquela importância que tu tens para mim, e que eu tanto temo em perder para sempre.
Não mais confessarei o temor de uma paixão invisível, e de um sonho a dois, tão só quanto o Mundo que habitamos.
...andava perdido por ai...ou por ali....
(Datado de: Algures em Dezembro de 2004)
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