4 de julho de 2005

... (SEM TITULO)

As páginas estão brancas, a tinta não corre, nem o sangue nas veias. O coração bate apenas por bater, e porque é empurrado apenas pela sobrevivência da espécie. A mente não funciona. O ar que me bate na face, não é o ar que os outros sentem, é apenas o ar que eu sinto.
Vivo a ilusão de um olhar, num movimento perpétuo entre o passado que me persegue e o futuro que não vejo. Os fantasmas bailam incessantemente, não estão cansados? Não, nada os para, nada os cansa, primeiro eu, depois eles… O seu trabalho é esse, assombrar o meu caminho, apertar o gatilho, por fim á minha serenidade existencial. Não recuo, não avanço, sinto as tonturas da viagem a elevada velocidade no espaço que nos envolve. Nada contra matéria, tudo em expansão, mas não passo sem permitir que o meu corpo se sinta em pura dissolução, fiel á ciência e á natureza que o criou…e que mais tarde o vai exigir de volta..ao seu o que é seu !!!!

Estou assustado !!!

Sem comentários: